Queda na taxa de juros e busca por moradia segura estão entre as vantagens de se apostar em imóveis como os do loteamento fechado Botanic Garden, em Itapeva (SP)
Neste momento de crise, o investimento imobiliário está entre as melhores opções para quem busca rentabilidade e menor risco. A aquisição passa a ser uma alternativa palpável, já que a taxa básica de juros está em queda: 3% ao ano, graças ao corte de 0,75 pelo Banco Central recentemente.
Investimento em imóvel significa segurança, liquidez e retorno, além de ser considerado por especialistas como um ativo seguro que tende a se valorizar ao longo do tempo. Mesmo com a pandemia de Covid-19, a aquisição neste momento é indicada para quem busca aproveitar as oportunidades de preços, as boas condições de financiamento que o mercado oferece e os juros reduzidos a um patamar nunca visto nos últimos anos.
O advogado especialista em negócios financeiros Wilmar Butzer Júnior, em entrevista ao Viva disse que, além do cenário econômico, o investimento em imóveis hoje, em especial em condomínios fechados – como o Botanic Garden, que está em construção em Itapeva (SP), é bastante interessante dada a tendência das pessoas em buscar qualidade de vida e segurança para morar.
Viva: Diante do atual cenário econômico do país, com tanta insegurança e instabilidade, quais são as vantagens de se investir no setor imobiliário?
Wilmar Butzer: Durante todo o ano de 2019 e início de 2020 a taxa SELIC sofreu sucessivas quedas recuando de 6,50% para 3,00%, menor percentual desde sua criação. Face a crise global que vivenciamos, a sinalização é que há espaço para novas quedas.
Uma vez que essa taxa é a principal balizadora para os investimentos financeiros em renda fixa, a rentabilidade em poupança, CDB, fundos de renda fixa e Tesouro Direto, para falarmos dos mais conhecidos e com menor risco, ficou bastante limitada.
Imóveis são investimentos que possibilitam várias oportunidades de ganho, não só no aspecto financeiro como no pessoal. Eles possuem, além de sua valorização intrínseca, oportunidade de obtenção de renda ou benefícios pessoais como: rendimento com locação; construção para fins de residência própria; edificação ou melhoria para agregar valor e posteriormente comercializar a terceiro; têm bom grau de resiliência às crises e oscilações de mercado e, assim, são adequados como reserva de valor na forma de bem de raiz; servem como auxiliar na organização de sucessão em determinadas situações, dentre outras possibilidades.
Viva: Um imóvel consegue manter seu valor mesmo em tempos de crise financeira, como essa que estamos vivenciando?
Wilmar Butzer: Não há investimento perfeito, que não esteja sujeito a oscilações mercadológicas, mas certamente o imóvel é um dos que menos sofre com isso.
Uma das justificativas mais interessantes do motivo de imóveis terem tendência de sempre se valorizar e não sofrerem forte impacto em crises é a de que nosso planeta (a Terra) não cresce, mas sua população cresce, logo, enquanto a população crescer haverá sempre mais gente para morar ocupando o mesmo espaço. O que vale para a Terra vale para um país, um estado, uma cidade. Dessa forma quem tem um imóvel é resistente a se desfazer dele pois sabe que sua chance de reavê-lo pelo mesmo preço é pequena.
Também a migração de moradores das áreas rurais para as cidades potencializa a procura por imóveis nos aglomerados urbanos e, à medida que as cidades crescem, áreas recém-povoadas vão se valorizando e as ocupadas há mais tempo também, muitas vezes através da diversificação de uso dos imóveis para os segmentos de comércio e serviços.
A dinâmica de preço dos imóveis é mais lenta e por isso mais estável e saudável (não está sujeita a oscilações bruscas como ocorre com os investimentos financeiros). Em momentos de crise pode haver redução na liquidez mas, em contrapartida, tendem a manter seu valor patrimonial.
Viva: Hoje no Brasil existe um déficit habitacional que gera acréscimo de demanda por moradia. Esse também é um ponto que deve ser considerado por quem pensa em investir em imóveis, tendo em vista que essa casa poderá ser alugada, caso haja interesse do proprietário?
Wilmar Júnior: Como já foi mencionado, enquanto tivermos crescimento populacional vamos precisar de mais moradias para suprir o aumento da demanda. Como temos nosso ciclo de vida também temos nosso ciclo de casas.
Inicialmente moramos com nossa família; quando precisamos iniciar nossa vida independente (só ou acompanhados), compramos ou alugamos um imóvel para morar. Quem inicia alugando quer partir para a casa própria e quem já iniciou na casa própria quer uma melhor, seja maior ou num bairro melhor ou num condomínio ou por qualquer outra necessidade.
O déficit habitacional existente já representa uma oportunidade tanto para locação como para comercialização. Além disso, o mercado imobiliário também continuará a crescer por um bom tempo. Com a queda nas taxas de juros, o retorno obtido nas locações de imóveis vem apresentando retorno bem superior a investimentos conservadores, especialmente considerando que além da renda proporcionada pelo aluguel, os imóveis também se valorizam.
Viva: Imaginando um cenário futuro de aumento de pobreza e violência, você acredita que a procura por imóveis em condomínios fechados deve aumentar?
Wilmar Júnior: Acredito que a violência tem aumentado, mas não concordo em vinculá-la a pobreza. A violência certamente é um fator relevante na opção por residir em ambientes controlados, afinal esse controle é uma forma de mitigar a exposição a esse risco no local em que passamos a maior parte de nosso tempo e onde fica nossa família. Em consequência há uma tendência de aumento na demanda por terrenos e casas em condomínios.
Mas há outros fatores que estimulam as pessoas a residir em ambientes com essa configuração. Um deles e que muitas pessoas dão muito valor é a existência de regras de convivência estabelecidas. Isso minimiza a exposição dos condôminos a ruídos excessivos na vizinhança, sons automotivos inconvenientes, velocidade exagerada no trânsito interno, perturbações com trotes de campainhas, dentre outros.
Outro é a definição de padrão de construção, o que valoriza o ambiente e, consequentemente, os terrenos e casas ali localizadas. E não podemos deixar de considerar as demais conveniências disponíveis para lazer, esporte, relaxamento e festa, tudo num ambiente seguro, familiar, funcional e organizado.