No sábado (8), o grupo de escoteiros Boipeva-412, que tem sede em Itapeva (SP), homenageou os escoteiros mortos na Revolução de 1932. O evento contou com várias atividades de integração e apresentação de especialidades e segurança.
Segundo o grupo, durante a Revolução, os escoteiros prestaram os mais diversos serviços de apoio à causa revolucionária e aos combatentes, sendo assinalados principalmente pela atuação em duas grandes colunas de atuação: a “Cruzada de Escoteiros Pró-Revolução”.
Após a Revolução de 1924, o escotismo paulista passou por um grande período de indefinições com o afastamento dos conselheiros e diretores da Associação Brasileira de Escoteiros, maior entidade nacional de escotismo na época, e o rumo tomado foi a estatização de parte do método de Baden-Powell através do ensino oficial no estado de São Paulo que perdurou até o final dos anos de 1930.
Com o início da Revolução Constitucionalista, os escoteiros da terra bandeirante não fugiram do compromisso de contribuir novamente com a população e as autoridades prestando seus serviços nos momentos conturbados, como na grande epidemia da gripe espanhola em 1918, na Revolução de 1924 e recentemente na Revolução de 1930 onde foi criada a primeira “Cruzada de Escoteiros”.
Nos meses da Revolução de 32, os escoteiros se uniram e formaram novamente o contingente da “Cruzada” e serviram em todas as cidades paulistas em que houvesse uma unidade escoteira exercendo os serviços de estafetas entre os postos de correios e telégrafos atuando nos quartéis revolucionários, auxílio ao correio militar, plantão nas estações e emissoras de rádios, hospitais, aeroportos, estações ferroviárias, fábricas improvisadas de armamentos e equipamentos militares e confecção de uniformes, transporte de refeições, além do encaminhamento de medicamentos e aviamentos, também era serviço dos escoteiros a arrecadação de jornais que eram enviados para os soldados no front.
As fanfarras de escoteiros também eram requisitadas pelos comandantes militares para acompanhar na marcha dos combatentes para o embarque das tropas revolucionárias para o front, e muitos núcleos atuaram no serviço de guarda na capital paulista.
No ano do centenário do escotismo paulista, a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Sociedade de Veteranos de 32-MMDC, pela primeira vez transferiu por um ano o “Comando Honorário do Exército Constitucionalista” para o Diretor Presidente da UEB/SP Antonio Lívio Abraços Jorge nas comemorações de 82 anos da Revolução ocorridas na Academia de Polícia Militar do Barro Branco em 9 de julho de 2014.