Grupo promoverá II Semana de 32

semana 32

O Grupo Histórico Legião de 32 promoverá em Itapeva (SP), entre os dias 10 e 15 de junho, a II Semana de 32. Palestras, exposições, expedições e condecorações são previstas na programação. O objetivo do grupo é preservar as memórias da Revolução, que teve a região de Itapeva como um dos pontos principais.

Segundo os organizadores, estão confirmadas as palestras de Eric Apolinário, autor de “Inverno Escarlate – Vida e Morte nas Trincheiras do Front Leste”, Eduardo César, neto de cabo do Exército, que lutou ao lado dos combatentes paulistas e o escritor e jornalista Luiz Octávio de Lima, autor de “1932. São Paulo em Chamas”.

No dia 10, às 8h, a palestra será com o advogado e ex policial militar, Dr Aranha e às 14h, a palestra será com o juiz, Dr Wilson Federic Junior. No dia 11, às 8h e às 14h, as palestras serão ministradas pelo Dr Eduardo Werneck. No dia 12, pela Marinha do Brasil, palestrará o sargento Rodrigo Guimarães Neves, às 8h e às 14h. No dia 13, às 8h e 14h são previstas palestras do escritor Luiz Octávio de Lima. No dia 14, às 8h e às 14h, será a vez das palestras com o escritor Eric Apolinário.

As palestras e exposições acontecerão na Sala Verde (Avenida Higino Marques, 193) das 8h às 17h. A entrega de condecorações, que serão ofertadas em parceria com o Instituto Histórico Militar de São Paulo e Museu Histórico Militar de Bauru, acontecerão no dia 15, às 19h, também na Sala Verde.

O evento conta com apoio da Prefeitura de Itapeva, por meio da Secretaria Municipal da Educação e Cultura, da Escola Municipal Dom Sílvio Maria Dário, do Museu Histórico Militar de Bauru e do Instituto Histórico Militar de São Paulo.

 

A Revolução

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma revolta ocorrida no estado de São Paulo contra o governo de Getúlio Vargas. As elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930 e pediam a convocação de eleições.

Assim, no dia 23 de maio de 1932, aconteceu um ato político a favor de eleições, no centro de São Paulo. A polícia reprimiu um grupo de manifestantes e causa a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.

O fato revoltou a sociedade paulista e as iniciais dos jovens - M.M.D.C. - tornam-se um dos símbolos do movimento, que recebeu grande participação de estudantes universitários, comerciantes e profissionais liberais.

Os paulistas esperavam o apoio de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. No entanto, ambos os estados não aderiram à causa.

Em pouco tempo, São Paulo, que planejava uma ofensiva rápida contra a capital, se viu cercado de tropas federais. Assim, apelaram à população para que doasse ouro e pudessem comprar armamentos e alimentar as tropas.

No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de outubro de 1932, sendo os últimos enfrentamentos ocorridos dois dias depois da rendição paulista.

Em 2 de outubro, na cidade de Cruzeiro, as tropas paulistas se rendem ao líder da ofensiva federal e no dia seguinte, 3 de outubro, assinam a rendição.

Foi registrado um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2200 falecidos. Apesar da derrota no campo de batalha, politicamente o movimento atingiu seus objetivos.

A luta pela constituição foi fortalecida e, em 1933, as eleições foram realizadas colocando o civil Armando Sales (1887-1945), como Governador do Estado, em 1935.